Quer voltar uma avenida
Escura e de mão única,
Mas o sentido é contrário.
Alma presa ao impossível,
Impede o primeiro passo.
Precisa falar com estranhos
De um mundo soberbo, surdo,
Inimigos de um complô desfeito.
O parceiro fugiu com os planos,
Deixou todo o resto, o abandono.
Sem apoio, quedas são tragédias,
Que evita, em desespero, se esconde.
Entregue à fraqueza dos pés,
Subestima si mesmo, de tudo desvia
- Dos outros, dos dias de outono.
As coisas concretas não alcança,
As alegrias não consegue viver,
Então sonha, e é o que basta.
Para a vida, qualquer esperança.
Para os olhos, o real de ser.
[Vira à direita, onde a placa indica
"Sem saída", na rua deserta, fica.]
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