desejo apenas que o mar,
essa deusa imensidão,
te tome por inteiro e te leve
ao fundo e devolva
teu corpo à superfície.
para que, então, você respire,
beba água, veja o céu,
tome chuva, tome sol,
aproveite o natural,
o maravilhoso de ver e de sentir.
reflita, chore, ouça si mesmo,
dê muitas gargalhadas,
absorva o que for possível,
deite na areia e leia as estrelas.
alimente-se do mundo que te faz,
que tenha cor e movimento,
que você possa tocar, que seja vida.
e que, num dia desses, você acorde
com o canto de um passarinho
ou o som de um violão, ao longe.
converse com as pessoas,
abrace, beije, amoleça.
estamos em tudo isso...
mas precisamos nos aproximar
de nós mesmos, de nossos lugares
verdadeiros. e nos distanciar
daquilo tudo que não somos.
eu vi tua doçura em generosidade,
carinho em atenção e compreensão,
eu vi uma existência admirável.
e esse João ainda está
em algum lugar, eu sei que está...
uma hora tudo escurece
o suficiente pra gente,
ainda distante, se ver
brilhando no universo.
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