1.12.11

recusa ao paraíso

arrependeu-se
aos primeiros passos
diante do quarto
covarde

a amargura
em seu espaço
cercado de realidade
subjetiva

lembrou-se
por que saíra
decidida
- não voltar antes de 30 de novembro

mas ali estava
a decisão ficara
em algum banco do metrô

na ida ou na volta

olhava para o silêncio
em busca do tempo

a bagunça
vazia
a janela aberta
gelava
coisas sem caminho

(in)determinadas
pela fraqueza
da madrugada
- renunciada

perguntou-se

eram as lembranças
daqueles lençóis
de dias desarrumados

era a falta do velho
presente

ou era

a saudade do novo
pressuposto

- paraíso em horas contadas

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