arrependeu-se
aos primeiros passos
diante do quarto
covarde
a amargura
em seu espaço
cercado de realidade
subjetiva
lembrou-se
por que saíra
decidida
- não voltar antes de 30 de novembro
mas ali estava
a decisão ficara
em algum banco do metrô
na ida ou na volta
olhava para o silêncio
em busca do tempo
a bagunça
vazia
a janela aberta
gelava
coisas sem caminho
(in)determinadas
pela fraqueza
da madrugada
- renunciada
perguntou-se
eram as lembranças
daqueles lençóis
de dias desarrumados
era a falta do velho
presente
ou era
a saudade do novo
pressuposto
- paraíso em horas contadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário