19.7.16

28

28 quando fomos
dois infinitos.
28 quando fui
dividida em antes 
e depois.

dois aniversários, 
à solidão, comemoro.
em março, em dezembro,
fecho os olhos e assopro
- fogo aceso.

atravessando as estações
na minha terra, cultivo
traumas. 
e os renego.
a cada inverno, 
nua volto 
ao útero.

à celebração 
do que vive,
à celebração 
do que morre,
brindo uma taça
de lágrimas com riso
imaturo.

ao rito que me iniciou, 28!
símbolo-sim,
símbolo-não.
a vida girando 
em 28 voltas
em torno do sol.

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