chove
quando eu me deito
chove
na madrugada,
nos meus sonhos
perturbados,
o meu sono
tempestade.
e quando eu acordo
ainda é noite.
nos meus olhos
ainda chove.
será que o dia
não será sol?
de novo uma gota,
garoa cinzenta.
chove,
mas não aparece,
só umedece
e acumula
pesadas nuvens
a romper o silêncio,
relampejar
a escuridão de dentro.
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