um ser cansado e sem sono,
estou morto,
sugado produto
da pervertida rotina
sem raciocínio
noturno, diurno ou vespertino.
vida privada
de sonhos e de descanso.
não há paz, não durmo.
enxaqueca relógio
de ponto,
tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic,
ovelhas contadas
aos montes,
as catracas
da manhã e do atraso,
indisposto disciplinado
o (não-) futuro.
não fosse medíocre
o trabalho
- essa jornada de toneladas,
os homens teriam
prazeres
em versos e valores de uso.
mas cortados
em máquinas
seguimos contidos
a vácuo,
paridos a deus-dará,
o vil vazio desse tempo.
ó, bárbaro beijo,
razão em sufoco,
revolva este mórbido ciclo!
22.10.13
15.10.13
vândalos
a questão é nada ou tudo
sabemos que já somos muitos
vestimos negro, desejamos
(e, se preciso, à força arrancamos)
futuro.
bárbaros antes nos sangram,
exploram nossos pais, roubam nossa liberdade,
privilegiam os senhores que os compram.
como agimos e o que pensamos
é uma resposta aos nossos sonhos
- natimortos!
pobres de preto em bloco
sim, somos quebra-bancos,
a linha de frente, o escudo
da bandeira perifa, o método lúcido:
resistência espontânea e crua,
juventude
marcada para morrer
em luta.
a palavra de ordem pichamos:
queima burguesia!
nos muros dos lucros ou na bateria
ao ato, avante!
ação direta, práxis
sem meias palavras ou teorias
revolta estética, simbólica, viva.
quem atira sobre os vidros
é a poesia!
- irrealizável, destruída,
que, sob repressão, não se concretiza.
sobre pedras arremessadas,
nas cidades vandalizadas,
contra a vida,
quem primeiro atira
é o capitalista.
sabemos que já somos muitos
vestimos negro, desejamos
(e, se preciso, à força arrancamos)
futuro.
bárbaros antes nos sangram,
exploram nossos pais, roubam nossa liberdade,
privilegiam os senhores que os compram.
como agimos e o que pensamos
é uma resposta aos nossos sonhos
- natimortos!
pobres de preto em bloco
sim, somos quebra-bancos,
a linha de frente, o escudo
da bandeira perifa, o método lúcido:
resistência espontânea e crua,
juventude
marcada para morrer
em luta.
a palavra de ordem pichamos:
queima burguesia!
nos muros dos lucros ou na bateria
ao ato, avante!
ação direta, práxis
sem meias palavras ou teorias
revolta estética, simbólica, viva.
quem atira sobre os vidros
é a poesia!
- irrealizável, destruída,
que, sob repressão, não se concretiza.
sobre pedras arremessadas,
nas cidades vandalizadas,
contra a vida,
quem primeiro atira
é o capitalista.
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