12.8.11

amor velado
















falsa sexta-feira 13
na escuridão sinistra
da minha manhã
cinza brilhante
envolvido nas nuvens
ressaca sentimental
4h53 até o fim da madrugada
quantos estão morrendo agora?
raiva vampírica

desejei infinito aquele luar
vagar em silêncio
o perigo enjoar o estômago
o gosto de ferro gelar
o juízo corrompido

escrúpulos são muros
somos assassinos por natureza

eis a dor de um corpo em outro corpo
a transferência da morte
pra qualquer um
hoje é 12 de agosto
é inesquecível
pra qualquer um
desenterrar e enterrar

com o pesar destes dias
tristes, insossos

brindo o sangue de hoje
num adeus aprisionado
grito num choro de desespero
mato para viver
a solidão de não acreditar

no amor
em nada
em ninguém

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