dos passos
daquele
passado,
presente
em laços
feito
a-braços,
beijo
o instante.
previsto
e perseguido
o tempo
de hoje,
amanhece
por dentro
o amargo
de ontem:
falta.
por isso,
falto
comigo
e contigo.
17.4.14
14.4.14
o corpo da maré
morreu mais um jovem
Jeferson Rodrigues da Silva
pacificado
por um disparo
morreu
e não precisou porquês
porque tragédia
de favelado
ou de operário
não importa
pra Copa
pro Pelé, pro Cabral
pro telejornal, pro burguês
pra Fifa, pra Dilma
pra sobrevida do capital:
morre porque mora
lá no morro,
no alto
da repressão
morre porque corre
contra a corrente
- o caminho da morte
morre porque apenas
todos os dias
- até o dia
de sua morte
sai ao trabalho
e volta
a morrer porque quer
seguir
conseguindo viver
e também morre
porque vê
a morte do outro
ombro que falta
na marcha
morre, mas se levanta
em corpo insurgente,
que mata!
Jeferson Rodrigues da Silva
pacificado
por um disparo
morreu
e não precisou porquês
porque tragédia
de favelado
ou de operário
não importa
pra Copa
pro Pelé, pro Cabral
pro telejornal, pro burguês
pra Fifa, pra Dilma
pra sobrevida do capital:
morre porque mora
lá no morro,
no alto
da repressão
morre porque corre
contra a corrente
- o caminho da morte
morre porque apenas
todos os dias
- até o dia
de sua morte
sai ao trabalho
e volta
a morrer porque quer
seguir
conseguindo viver
e também morre
porque vê
a morte do outro
ombro que falta
na marcha
morre, mas se levanta
em corpo insurgente,
que mata!
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